Antro de criminosos? Camadas baixas? Local cheio de vírus? Essas e
outras essas e outras descrições tornaram a Deep Web um assunto
extremamente complexo e popular entre várias pessoas ao redor de todo o
mundo. Mas, uma coisa é certa: o Google não sabe de tudo.
Primeiramente, para que não haja dúvidas futuras quanto a termos, hoje
vamos separar a internet em partes: Surface, Deep e Dark. Pode ser que
existam mais, mas entender o conceito dessas três já é suficiente para
que a confusão na utilização dos nomes seja minimizada.
O que podemos ver: Surface Web
Todo mundo já ouviu a metáfora do iceberg: uma pequena parte pode ser
vista por todos, enquanto mais da metade está escondida embaixo d’água.
Com a internet, é praticamente a mesma coisa.
A Surface Web – superfície, em português – é toda a parte da internet
indexada, possibilitando que os canais de busca (Google, Bing, entre
outros) encontrem o domínio, e todo o público tenha acesso livre às
informações lá postadas – a menos que seja preciso um login ou senha, é
claro.
Os mais estudiosos sobre o tema afirmam que a Surface Web corresponde a apenas 4% de toda a informação existente na internet.
Aquilo que está escondido: Deep Web
A partir de agora, começamos a abordar o que está por baixo do que
podemos ver. Muitas pessoas acham que na Deep Web só encontramos
informações perturbadoras e criminosas, sendo um antro de criminosos na
internet. Existe? Sim. Mas não é totalmente assim.
Diferente da Surface Web, a Deep é composta por sites não indexados,
portanto não é possível encontrá-los nos canais de busca, como o Google.
O que isso significa? Que as informações presentes lá só podem ser
acessadas se você realmente desejar. Logo, vale a famosa máxima: quem
procura acha!
É possível dizer que a Deep Web tem uma parte que está embaixo dos
nossos narizes e a gente só não sabe porque não usa lentes especiais
para vê-los (ou seja, não conhecemos seus endereços). Mas há também
aqueles que estão um pouco mais profundos.
Quem acessa essa parte da Deep Web, na maioria dos casos, utiliza redes
criptografadas, que ocultam a sua identidade, como o Tor, o i2p e o
FreeNet. Esses softwares funcionam como os mais famosos navegadores
(Chrome, Firefox, Edge, entre outros), mas com a diferença de que as
informações de IP e dados do usuário são escondidas por eles. Mas calma,
vamos explicar depois como eles funcionam.
É bem importante mencionar: os sites registrados por aqui usam
servidores um pouco diferentes do que estamos acostumados a ver. Para
começar, os domínios “.tor” são completamente independentes do ICANN – que é o órgão responsável por apontar para o mundo inteiro qual DNS fica cada domínio de topo.
A maioria das pessoas que acessam a Deep Web não procuram se envolver
em situações ilegais, apenas não desejam ser encontradas. Lá, existem
todos os tipos de informações, boas – muito boas – e ruins – péssimas,
mesmo. Aí vai de o usuário saber o que quer e onde está clicando.
Aquela que não deve ser mencionada: Dark Web
Agora, chegamos à parte responsável pela maioria dos mitos sobre a Deep
Web. A Dark Web é aquela área na qual podemos encontrar as informações e
situações com que o cidadão de bem prefere não se envolver.
Na zona escura da internet, a criptografia é extremamente complexa,
permitindo que apenas usuários avançados – ou curiosos “sortudos” –
consigam chegar até ela. A maioria dos seus domínios não fazem o menor
sentido, sendo cheios de letras e números aleatórios.
Aí voltamos às redes ocultas: Tor; i2p e FreeNet. De acordo com algumas pesquisas, a maior delas é a Tor.
Sem nomenclaturas que apenas dificultam ainda mais a compreensão do assunto, vamos a um rápido resumo:
• Primeiro nível: internet comum, que pode ser acessada por qualquer pessoa e que é indexada pelos motores de busca;
• Segundo nível: internet comum, que pode ser acessada por qualquer pessoa, mas não é indexada pelos motores de busca;
• Terceiro nível: internet restrita, que necessita a alteração de proxy para ser acessada;
• Quarto nível: internet mais restrita, que demanda a utilização de navegadores com distribuição de acesso (.Tor);
Tor é um software livre e de código aberto que
proporciona a comunicação anônima e segura ao navegar na Internet e em
atividades online, protegendo contra a censura e principalmente a
privacidade. O nome é derivado de um acrônimo do projeto original do
software chamado “The Onion Router”. O Tor redireciona o tráfego de
internet através de uma rede de servidores voluntários, distribuídos
pelo mundo, que consistem em mais de oito mil servidores. A rede Tor é
uma rede de túneis http (com tls) sobrejacente à Internet. O objetivo
principal do projeto é garantir o anonimato, e consequentemente
privacidade, ao usuário que está acessando a web.
Entre os vários produtos desenvolvidos pelo The Tor Project, o
principal programa é o navegador de internet chamado Navegador Tor. Ao
utilizar o Navegador Tor, o usuário poderá acessar páginas mesmo que
estejam censuradas em seu país e garantir que o seu tráfego não será
interceptado por terceiros, tornando assim a navegação na web mais
segura e privada, dando voz a todas as pessoas ao longo do mundo, seja
para lutar contra regimes ditatoriais, empregados insatisfeitos com suas
empresas, denúncia de autoridades e de corrupção, entre muitos outros
casos.
A maioria das distribuições Linux ou GNU/Linux disponibilizam o Tor e
também está disponível para diferentes sistemas operacionais, tais como
Windows e Mac OS.A origem do programa é um projeto financiado pelos
Estados Unidos, que pretendia utilizá-lo para transmitir informações
sigilosas.
A rede pública de Tor é caracterizada por ser “.onion”, diferente da Surface, que utiliza o “.com”, na maioria das vezes. Ela funciona da seguinte maneira: quando o usuário entra em um domínio – de qualquer tipo –, o pedido passa por vários servidores, criando uma grande teia, o que torna rastreamento praticamente impossível.
Afinal, qual é a diferença entre Dark e Deep web ?
Finalmente, chegamos à conclusão da grande questão. A diferença entre Dark e Deep Web é que uma faz parte da outra. A Deep Web é composta por todo domínio não indexado – que não é encontrado nos buscadores comuns. Já a Dark Web é uma pequena parte da Deep Web, na qual podem ocorrer crimes e compartilhamento situações e informações ilegais, como comercialização de drogas, negociações com hackers e assassinos, pornografia infantil e demais delitos.
Informações adicionais
Fast é muita informação não tem algo mais leve e acessível?
Aqui entra algumas indicações da básica ate mais avançada…
Link DENTRO DA DARK WEB – Documentário(2014)
https://www.dailymotion.com/video/x29581e
* tem legenda em português só ativar no botão de configuração
Links Youtube
Tor: entenda como esta rede garante o seu anonimato na internet
https://www.youtube.com/watch?reload=9&v=ju5U4kXgdoY
TOR E TAILS LINUX: PRIVACIDADE NA INTERNET AINDA EXISTE?
https://www.youtube.com/watch?v=LIajHcrEWZs#action=share
Curso Hacker – Aula 30 – Anonimato: Proxy, VPN, TOR
https://www.youtube.com/watch?v=iuhoA4RLvDo
Fonte do artigo: CPT
